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A Teoria do Amor Exigente

Por que amar vai ficando cada vez mais difícil?

Tenho amigos e amigas que, apesar de serem pessoas bacanas, independentes e bem apessoados estão, por escolha ou falta dela, sozinhos. Em alguns casos, é realmente difícil de entender. A pessoa reclama da solidão, parece aberta, disposta, querendo um novo relacionamento, mas as coisas parecem que não se encaixam.

A impressão é que todas as apostas destas pessoas são nas fichas erradas. Quando começam um novo relacionamento, algumas ficam esperançosas e deixam transparecer. Outras vestem um capuz de cinismo, como se não dessem muito valor. Por fim, tem quem já aposte contra, desde o começo. Um movimento no mínimo arriscado, já que, quem perde é ele próprio. Homens fazem mais esse último tipo.

Do alto de toda a minha autoridade, que é basicamente nenhuma, criei uma teoria a respeito. E como toda boa teoria, tem até nome: Teoria do Amor Exigente. Me acompanhem:

Quando somos crianças, o amor é quase parte do dia a dia. Uma criança é a expressão viva de seus sentimentos, tudo exposto, a flor da pele, sem controle. Amor, raiva, frustração, qualquer sentimento aflora em um piscar de olhos, oscila de um pra outro sem aviso. Isso é o que faz com que elas sejam tão adoráveis e assustadoras.

Aos cinco anos, ao esbarrar com um desconhecido da mesma idade num parquinho, uma simples concordância a uma questão tipo: “Você gosta do Homem Aranha?”, pode dar início a uma amizade que vai durar pela vida inteira. Naquele momento, se você é aquela criança, não interessa se sua contraparte é alta, baixa, gorda ou magra, anos mais velha ou se tira meleca do nariz e come. Ele gosta do Homem-Aranha, você também, ele só pode ser seu amigo. Vocês são iguais!

A medida que envelhecemos, as coisas vão ficando gradativamente mais complicadas. De repente você já escolheu uma facção da escola para pertencer. De repente, quem lê demais ou de menos, ou quem pratica muito esporte, ou pouco, ou quem tem determinado tipo de corpo começam a ser quesitos decisivos para se escolher com quem você quer andar.

Os primeiros relacionamentos românticos costumam deixar impressões idílicas em nossas memórias sobre a perfeição daquele ser. É lógico. Aos 14 anos de idade, somos todos bonitos, nossa profundidade é muito parecida, nossas experiências de vida quase iguais. E estamos abertos como pára-quedas, sem nenhuma expectativa a não ser amar e sofrer como protagonistas de novelas mexicanas pelo outro.

Claro, nada disso é sustentável. Todos conhecemos alguns adultos que insistem em empurrar pelo resto de seus dias o modo adolescente de viver a vida sentimental, e não dá certo (na verdade, pode ser um grande desastre). Mas aqueles que, por outro lado, tentam pragmatizar demais suas interações românticas correm um risco quase certo de solidão.

Esses se tornam os exigentes. Querem o amor, desde que venha empacotado da maneira que eles entendem, com um papel que combine com suas paredes, com um laço que seja fácil de abrir, e que ninguém tenha aberto antes.

As pessoas passam a tatear as almas de seus pretendentes, se prendendo muito mais àquilo que eles não são do que a tudo que eles tem a oferecer. Meio gordo. Meio baixo. Meio pobre. Usa chinelo. Não gosta do Goddard. Sua na mão. Podia ser mais jovem. Podia ser mais esperto. E assim, uma por uma, as chances vão passando e sendo perdidas.

Uma outra consequência desse Amor Exigente é que algumas pessoas vão tornando a solidão um cantinho realmente aconchegante. Vão preenchendo suas vidas com hábitos e rotinas que ser humano nenhum na face da terra irá se encaixar. Assim temos gente extremamente espiritualizada, que procura um parceiro do mesmo nível. Ou muito esportiva. Culturalmente ativa. Ou tudo junto.

Como encontrar a pessoa que a acompanhe na meditação, não ronque, faça exercícios regulares, seja vegetariano, alto bonito, rico e galante e ainda instale chuveiros e se emocione com Downton Abbey? E isso tudo, numa pessoa só.

Quando estamos há muito tempo com a mesma pessoa, sempre há tentação de tentar mudá-la, moldá-la, colocá-la dentro da caixinha que separamos para ela. Quem perder essa ilusão antes, viverá melhor mais cedo. Se há algo que se deve aprender é que ninguém muda ninguém.

Talvez a batalha que estejamos travando todos os dias sejam com nosso próprio ego. Nossos próprios medos, nosso sentimento de inadequação. Talvez estejamos machucando para não sermos machucados. Deixando antes de sermos deixados. Tentando olhar no outro aquilo que não enxergamos em nós mesmos.

Talvez fazer as pazes com esse ego nos faça ver o Amor com menos exigência. Aproveitar o momento sem pensar em todas as variáveis que podem dar errado a partir daquele momento. Parar de tentar acertar no centro do alvo, e perceber que às vezes, só o fato de estar jogando já é o suficiente. Aceitar nossos defeitos torna as imperfeições dos outros menores.

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